26 de set. de 2009

Nova visão!!!!!


Pensar sobre a diferença existente entre o tipo de currículo que é dado no diurno para alunos do ensino fundamental e a EJA é algo que parece distante, porque só quem trabalha na EJA para entender o tipo de aluno que tem e suas necessidades.Nós educadores educamos os sujeitos para a vida/mundo, mas no (EJA), os indivíduos adultos já trazem uma bagagem de experiências da vida, mas ainda não conseguiram se apropriar da leitura e da escrita, pois em algum momento afastaram-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais.Pode-se dizer que a EJA vem atuar no campo dessas desigualdades, onde devido a necessidades ou falta de recursos esses alunos não puderam freqüentar a escola no tempo devido, é preciso buscar maior igualdade social.
Sem dúvida faz-se necessário trabalhar a partir das experiências e da realidade do nosso educando seja ele adulto, jovem ou criança , buscando um currículo integrado, trabalhando com conteúdos significativos, buscando o diálogo ou seja, produzir significado ao que é falado, oportunizando a participação/interação de todos com suas singularidades e especificidades em sala de aula. No currículo integrado busca-se uma educação para a formação de uma sociedade, onde as pessoas tenham capacidade de crítica, que sejam solidárias, autônomas, vivendo em uma democracia, assim ele se difere das áreas de conhecimento tradicionais “currículos por disciplina” surgidos com a modernidade.

22 de set. de 2009

Sala de aula!!!!


Pensar sobre o vínculo da sala de aula com a realidade social continua sendo distante, infelizmente ainda a ESCOLA não se modernizou, continuamos na teoria sem a prática.

Sou responsável pelo EVAM(Laboratório de Informática) no turno da tarde e estou acostumada a receber os alunos do 1º ano até a 7ªsérie, fico auxiliando-os, conversando, mostrando, estou ali servindo de ferramenta para as dúvidas que surgem. O comportamento dos alunos neste ambiente é muito diferente que na sala de aula e tenho que confessar que o meu também.
No laboratório eles trabalham em grupo, descobrem novas ferramentas, se ajudam, os combinados são respeitados e as atividades são realizadas, deixo eles mexerem na máquina sem estar em cima, só peço que se aparecer alguma mensagem me chamem(não temos INTERNET). Estou sempre em atividade, me mexendo , atendendo, conversando, trocando idéias.
Já na sala de aula é diferente, várias vezes tive que substituir e fiquei cansada, porque simplesmente parecia que eu não estava interagindo com os alunos, infelizmente a sala de aula se resume a classe, cadeira, caderno, folhinha, cópia, exercícios, atividades recreativas às vezes. O professor na sala espera, atende alguns alunos, observa, corrige, faz anotações e começa tudo de novo, não é muito motivador.
Se achei cansativa a sala de aula convencional, porque estou acostumada com outro ritmo de aula, imagina as crianças ,que todos os dias seguem praticamente a mesma rotina.
Quando será que nossos governantes e a sociedade realmente almejarão uma educação voltada para a formação de alunos(as) críticos , autônomos, transformadores????



12 de set. de 2009

Pensando......


Saí da aula do dia 09.09.09, muito fascinada, muito mais interessada pela lingua dos surdos.
Aprendi que língua de sinais não é puramente mímica e gestos nos quais os surdos utilizam para se comunicar, ela possui gramática específica, própria. Essa língua não é universal, cada país possui a sua língua de sinais conforme sua cultura, por isso a nossa é LIBRAS - Linguagem de Sinais Brasileira
Essa língua possui alguns parâmetros que formam os sinais: configuração das mãos , os sinais podem ser realizados com uma ou duas mãos, mas não começar com a direita e ir trocando , fazendo sinais com a esquerda, é importante que escolha com qual mão fará os sinais, para não acontecer confusã, os sinais podem ter ou não movimentos; expressão facial e/ou corporal, mas numa conversa é muito importante as expressões para identificar o sentimento.
Já tinha uma vontade muito grande de me aprofundar no assunto, mas depois de ver a professora Janaína falando através da lingua de sinais fiquei até com inveja, porque pra ela era tão simples, tão rápido, como para nós é o falar.
Quero depois de formada poder fazer cursos nesta área, para me comunicar com facilidade com surdos, quem sabe me tornar uma intérprete.
Na rede municipal de São Leopoldo, não temos muitos alunos surdos , pelo menos na escola que trabalho até hoje (11 anos), não recebemos nenhum aluno.
Acho muito importante a lingua de sinais, tão importante quanto saber uma lingua estrangeira, penso que ela deveria fazer parte do curriculo escolar , onde as crianças aprenderiam com muita facilidade conseguindo se comunicar com colegas que de repente não frequente a mesma escola, mas que são seus amigos e assim haveria uma maior apropriação desta lingua pela sociedade e haveria uma maior capacitação de professo
res.

6 de set. de 2009

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?



Refletindo sobre as questões da interdisciplina de Linguagem módulo 1, com certeza não falamos, então consequentemente não lemos e também não escrevemos do mesmo jeito.
Hoje em dia mais do que nunca nós adultos alfabetizados e letrados precisamos cuidar para escrever alfabeticamente, porque na era de MSN, Skype e outros usamos atalhos, abreviações e acabamos acostumando com isso e quando vamos digitar e até escrever cometemos esses “vícios”.
Existe um modelo ORTOGRÁFICO estabelecido que precisa ser seguido.
As palavras são pronunciadas de formas variadas dependendo de onde a pessoa nasceu, qual dialeto fala, a qual região pertence. Escrevemos “LEITE”, mas falamos “ LEITI”, aqui em São Leopoldo, mas na fronteira eles falam “LEITE”.
Comunicamos-nos facilmente com as pessoas porque seguimos um padrão ortográfico onde cada um tem a liberdade de ler o mesmo texto, ou imagem, cartaz, placa à sua maneira, usando seu sotaque, que deve ser respeitado, porque vivemos num país onde prevalece diferentes grupos sociais, então como dizer o que é “certo” ou “errado”.
Percebo que me preocupo que meu aluno escreva corretamente, mas o que mais me angustia é que eles escrevam de uma maneira que os outros consigam ler, por isso as questões de Linguagem vieram de encontro ao PA(Letra Cursiva) que estou pesquisando. Porque é muito importante primeiro se apropriar da leitura, a escrita virá como conseqüência, uma necessidade do registro do aluno, indiferente de como ele irá escrever(tipo de letra) deste que siga o padrão ortográfico(alfabeto).
Por que avaliar o erro, na escrita de palavras e não considerar o acerto nas mesmas, num ditado se escreveu aumoço , porque dar errado se pronunciamos com U quando falamos, será que é suficiente só dar errado sem explicar o porque de não ser com U e ser com L, será que o professor se dá conta na fora de ditar e dá ênfase no L, se isso será cobrado.
Como dizer que está errado a palavra BIXO, se é isso que a criança vê em cartazes e na televisão, se o professor não trabalhar, explicar e conversar, mostrar que não é, assim que existem regras, mostrar que no dicionário é diferente, a criança escreverá sempre incorretamente, como outras palavras (MAIZENA, XUXU(XUXA),BRAZIL,etc), porque somos cercados por apelos visuais, marcas de produtos, propagandas e que quando temos dúvidas quanto a escrita , podemos e devemos pesquisar no DICIONÁRIO, ou perguntar.
Conforme o comentário da professora Iole e seu questionmento sobre: "Muitas vezes, os erros de caligrafia parecem erros de ortografia e, nada mais são do que problemas próprios de uma escrita pouco legíviel", concordo plenamente porque muitos alunos tentam escrever conforme é passado no quadro, e muitos ainda não dominam o traçado da letra ,tornando-a ilegível, eles conseguem copiar o que está no quadro, até leem o que está escrito , mas quando precisam ler o que escreveram no caderno, não entendem a própria letra e tem também os que copiam do quadro erroneamente, passam para o caderno escrevendo conforme suas hipóteses, faltando letras.

 
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