24 de mai. de 2008

Limitações!!!

Após realizar a atividade EF4 de Matemática sobre construção de objeto em grade isométrica constatei REALMENTE o que já sabia com relação a minha falta de visão em perspectiva. Penso que isso é uma limitação que tenho ou até um bloqueio, porque é difícil pra mim conseguir visualizar de uma maneira que não seja realmente tridimensional, pintado, bonitinho. Não que eu saiba desenhar assim, mas preciso ver desta maneira pra poder entender a planta de uma casa por exemplo, me questiono o porque disso e lembro que não tive Geometria enquanto aluna.
Pensando nas limitações acho que cada um tem as suas, nem todo mundo gosta de tudo igual, cada pessoa tem mais facilidade ou dificuldade pra isso ou pra aquilo, assim também são nossos alunos.
Tenho uma filha de 13 anos que é ótima ouvinte. Ela não gosta de decorar e acha que não precisa, que estudar é aprender e não repetir, ou simplesmente ler um livro e pronto, na ultima avaliação de Geografia ela não foi bem, porque não decorou o que o professor pediu, chegou em casa muito chateada, achando-se injustiçada e eu como mãe tive que amenizar a situação, tentei fazer ela entender que cada professor tem seu método e que infelizmente muitas vezes na vida precisamos fazer o que não gostamos, que o decorar se faz necessário nesse momento para ela passar no bimestre e conseqüentemente no final do ano.
Tenho que confessar que minha vontade era ir lá e discutir com esse professor , questionando-o sobre o que ele está fazendo, que tipo de educação ele acredita, mas me contive. Sugeri pra minha filha que conversasse com o professor e colocasse o que ela pensa, que relatasse que não gosta de decorar, que prefere entender; quis com isso faze-la entender que ela já pode resolver os seus problemas, que com certeza a família está presente, mas que nossas frustrações precisam ser resolvidas , é preciso ter AUTONOMIA - agir por si, assumir os riscos de suas ações.

Jean Piaget caracterizava "Autonomia como a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco". (Kesselring T. Jean Piaget. Petrópolis: Vozes, 1993:173-189).

O bom senso é outro fator que deve permear a prática docente, tendo respeito a autonomia, a dignidade e a identidade do educando, o educador pleno do conhecimento que rege o bom senso, exerce em sala de aula a autoridade a ele concedida porém sem o autoritarismo que se vê em sua essência. (Paulo Freire).

Então, depois disso tudo parei pra pensar que muitas vezes não conseguimos trabalhar com as nossas limitações e com as limitações dos alunos, ainda prevalece aquele pensamento que todos são iguais e que sabem e podem fazer as mesmas coisas, que apenas uns gostam ou não gostam de fazer, esquecemos que na verdade aí está a dificuldade ou facilidade de cada um. Assim será que damos oportunidade para nosso aluno desenvolver sua autonomia, completar o seu processo passando da Anomia, a Heteronomia e finalmente nosso objetivo maior a Autonomia.
Com certeza ainda reproduzimos muito do que nossos professores e sociedade nos incutiu, é preciso muita reflexão e um passo de cada vez para conseguirmos progredir e transformar o nosso pensamento.

16 de mai. de 2008

A arte de perguntar!!!

Todos nós temos perguntas para fazer , respostas para ouvir. Se não perguntássemos acho que não teria graça , nem diálogo, somos movidos por perguntas e quanto mais perguntamos, mais curiosos ficamos.
Ex: logo de manhã falamos: - Bom dia!!! - Como vc está, dormiu bem?
A partir daí já se começa uma conversa, uma preocupação com o outro.
Para a criança as perguntas precisam de resposta, muito mais que para o adulto , porque ela não entende como as vezes não sabemos tudo e precisamos pensar pra responder, ou até mesmo pesquisar respostas. Nossos filhos e alunos se sentem frustrados quando não tem suas perguntas respondidas, quando não são ouvidos.
Acho que toda pergunta tem uma resposta e precisa ser dita , mesmo que não seja o que a outra pessoa queira ouvir ou pensava em ouvir.
É importante ouvir as crianças, fazer elas se sentirem importantes, dar espaço para a curiosidade, não deixá-las sem respostas, porque quanto mais perguntarem, mais curiosas ficarão, mas pra isso precisam obter respostas para suas dúvidas.
As crianças através da linguagem e da arte de perguntar se socializam e aumentam seu vocabulário, descobrindo novas respostas, conceitos, explicações, mas é preciso diferenciar as perguntas de curiosidade e as de vontade de descoberta, para isso precisa acontecer uma investigação, para realmente saber se a criança está querendo chamar a atenção perguntando sempre e até sendo desagradável porque repete várias vezes a mesma questão ou se realmente ela tem necessidade de saber e a resposta que já foi dada, não está mais a satisfazendo.

10 de mai. de 2008

Conflito??? Mais estudo!!!

Realmente depois da aula presencial desta semana acho que minha cabeça deu um nó.
O professor Samuel disse que a criança precisa pensar logicamente e que o material concreto pode ser deixado de lado, o aluno deve abstrair.
Bem depois disso, acho que já não sei mais o que pensar, visto que até hoje todos os cursos que fiz falavam da utilização e da importância do uso do material concreto.
Entendo que o concreto não precisa ser necessariamente objetos que podemos pegar com a mão, podem ser objetos que consigamos lembrar, visualizar. A criança precisa saber o que é para poder imaginar, como num problema se estiver escrito que: Um edifício tem 5 andares e em cada andar 4 apartamentos ..... , se a criança nunca esteve em um edifício não saberá do que se trata o problema.
Particularmente eu questionei o professor Samuel sobre a dificuldade da subtração, ele junto com o grupo chegou a conclusão que o problema não é o subtrair, mas sim o valor posicional dos numerais, ele comentou que o aluno precisa entender, construir a sua aprendizagem , entendendo que num cálculo os numerais valem valores diferentes, conforme a posição que estão e que não pode ficar dependente dos risquinhos, dedos, palitos para resolver cálculos.

Este meu conflito veio de encontro ao meu Plano de Estudos visto que precisarei cada vez mais transformar o que sei, procurar entender os diferentes pensamentos e falas que me são passadas, investigar realmente , enfim pesquisar , re-construir o meu conhecimento.

Já comecei este estudo refletindo sobre:

[...] Se escolhe uma situação, se faz um recorte, se transmite conhecimento e também ignorância. Além do mais, não se transmite, em verdade, conhecimento, mas sinais desse conhecimento para que o sujeito possa, transformando-os, reproduzi-lo. O conhecimento é do outro, porque o outro o possui... (FERNÁNDEZ, 1990, p. 52)

"A epistemologia genética de Jean Piaget lançou as bases dos estudos acerca da natureza e psicogênese do número. Outros, depois, apoiados em suas idéias, experimentaram e aprofundaram os estudos no sentido de melhor estabelecer as variantes que interferem nessa construção. O número traz em si dois aspectos complementares: o lingüístico e o estrutural. Nas interações sociais se aprendem os aspectos culturais do número concomitantemente à construção e evolução das estruturas psicológicas que possibilitam a construção da noção de número. A lógica matemática será fundamental no desencadeamento de outras aprendizagens (a da escrita, por exemplo) e seu desenvolvimento se dá paralelamente ao do juízo moral. O conhecimento da construção do número pela criança é de fundamental utilidade àqueles que desejam um ensino eficiente e saudável da Matemática ou aos que desejam melhor fundamentar uma intervenção psicopedagógica no campo do número."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)

"A mesma mobilidade do pensamento que permite entender que a quantidade desenhada vale uma dezena, mas que cada objeto não deixou de ser uma unidade e que, portanto, ali temos dez unidades, permite à criança entender que "sapato" forma uma unidade léxica, mas, mesmo assim, cada letra não deixou de ser uma unidade independente. Letras são unidades contidas nas sílabas que, por sua vez, são unidades contidas nas palavras, que são unidades contidas nas frases...; assim como as unidades, dezenas, centenas..."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)

Não há ensino programado possível que permita avançar no alcance de noções como a conservação (imprescindível para trabalhar com o número), mas são realmente importantes as diferentes possibilidades que o sujeito tenha de experimentar com o meio, já que na medida em que careça delas, terá retardamentos no desenvolvimento e na inteligência.
Em síntese, as estruturas não podem confundir-se com a aprendizagem, da qual são uma condição necessária. (FERNÁNDEZ, 1990, p. 73)

4 de mai. de 2008

Projeto Transformações!!!!!

A história da Galinha Ruiva e o vídeo acima (De onde vem o pão?) dão início ao questionamento sobre as transformações, que acontecem na natureza, com as coisas, ambientes, lugares e pessoas.

Questionando meus alunos quanto as transformações irei dar início ao meu Plano de Estudos onde :

"Pretendo trabalhar através de PROJETO objetivando meu aperfeiçoamento com esta nova ferramenta de trabalho, possibilitando desenvolver os diversos conteúdos propostos de uma maneira que englobe as diferentes áreas do conhecimento de maneira que professor e aluno interajam ,façam experimentações,vivenciem situações, realizem trabalhos práticos prazerosos onde aconteça, cooperação e esforço pessoal de ambos para haver a construção e transformação de conhecimentos."

 
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