6 de nov. de 2010

Sétimo Semestre

O que mais me marcou no sétimo semestre foi a interdisciplinar de LIBRAS porque aprendi que linguagem de sinais não é puramente mímica e gestos, e refletir sobre as pessoas surdas e a maneira de interagir com elas, a cultura surda e a comunidade surda é importante e necessário, primeiro para desmistificar a ideia que todo surdo é mudo, segundo porque a comunicação entre elas é igual como a fala entre ouvintes.

A linguagem que os surdos utilizam para se comunicar possui gramática específica e própria e essa língua não é universal, pois, cada país possui a sua língua de sinais, conforme sua cultura. No Brasil utilizamos LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais. Essa língua possui alguns parâmetros que formam os sinais: *configuração das mãos e os sinais podem ser realizados com uma ou duas mãos, mas não pode começar com a direita e ir trocando , fazendo sinais com a esquerda, é importante que escolha com qual mão fará os sinais, para não acontecer confusão, os sinais podem ter ou não movimentos; *expressão facial e/ou corporal, numa conversa é muito importante as expressões para identificar o sentimento.

Como meu interesse ficou maior depois da interdisciplinar comecei o curso de LIBRAS módulo 1 no primeiro semestre de 2010, mas tive que trancar o módulo 2 devido ao estágio e TCC, mas em 2011 darei continuidade aos outros módulos.

Também no sétimo semestre pude realmente entender que o planejamento é fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho do professor. Hoje fazer um planejamento para mim é ir além, pensar no que pode vir, não é uma coisa estanque, que tem um fim e daí partir para outro assunto. Pode-se globalizar diferentes disciplinas, trabalhar de maneira que o aluno não se sinta sobrecarregado, mas que tenha interesse no que está vindo e que apresente novos enfoques.

Também no segundo semestre de 2009 entrevistei alunos da EJA , objetivamdo conhecê-los em suas características sócio-demográfica, sócio-cultural e sócio-cognitiva. O que justificou esta proposta foi a escassez de registros históricos sobre a Educação de Jovens e Adultos na região da grande Porto Alegre e pela falta de dados que caracterizem melhor as pessoas que frequentam a EJA.

Os alunos da EJA têm como característica serem sujeitos com falta de escolaridade anterior e com um modo de vida de seu grupo de origem, que compartilham a baixa escolarização, um contexto de pobreza e dentro de um determinado grupo cultural, apresenta diferentes níveis de competências e dificuldades, que nos mostra uma grande heterogeneidade. Com certeza trabalhar com EJA é tarefa desafiadora ,mas sendo a escola um local de confronto de culturas e local de encontro de singularidades oportuniza o aluno a ser sujeito do seu próprio pensar, e, portando principal autor e ator de sua própria aprendizagem.

 
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