Realmente depois da aula presencial desta semana acho que minha cabeça deu um nó.
O professor Samuel disse que a criança precisa pensar logicamente e que o material concreto pode ser deixado de lado, o aluno deve abstrair.
Bem depois disso, acho que já não sei mais o que pensar, visto que até hoje todos os cursos que fiz falavam da utilização e da importância do uso do material concreto.
Entendo que o concreto não precisa ser necessariamente objetos que podemos pegar com a mão, podem ser objetos que consigamos lembrar, visualizar. A criança precisa saber o que é para poder imaginar, como num problema se estiver escrito que: Um edifício tem 5 andares e em cada andar 4 apartamentos ..... , se a criança nunca esteve em um edifício não saberá do que se trata o problema.
Particularmente eu questionei o professor Samuel sobre a dificuldade da subtração, ele junto com o grupo chegou a conclusão que o problema não é o subtrair, mas sim o valor posicional dos numerais, ele comentou que o aluno precisa entender, construir a sua aprendizagem , entendendo que num cálculo os numerais valem valores diferentes, conforme a posição que estão e que não pode ficar dependente dos risquinhos, dedos, palitos para resolver cálculos.
Este meu conflito veio de encontro ao meu Plano de Estudos visto que precisarei cada vez mais transformar o que sei, procurar entender os diferentes pensamentos e falas que me são passadas, investigar realmente , enfim pesquisar , re-construir o meu conhecimento.
Já comecei este estudo refletindo sobre:
[...] Se escolhe uma situação, se faz um recorte, se transmite conhecimento e também ignorância. Além do mais, não se transmite, em verdade, conhecimento, mas sinais desse conhecimento para que o sujeito possa, transformando-os, reproduzi-lo. O conhecimento é do outro, porque o outro o possui... (FERNÁNDEZ, 1990, p. 52)
"A epistemologia genética de Jean Piaget lançou as bases dos estudos acerca da natureza e psicogênese do número. Outros, depois, apoiados em suas idéias, experimentaram e aprofundaram os estudos no sentido de melhor estabelecer as variantes que interferem nessa construção. O número traz em si dois aspectos complementares: o lingüístico e o estrutural. Nas interações sociais se aprendem os aspectos culturais do número concomitantemente à construção e evolução das estruturas psicológicas que possibilitam a construção da noção de número. A lógica matemática será fundamental no desencadeamento de outras aprendizagens (a da escrita, por exemplo) e seu desenvolvimento se dá paralelamente ao do juízo moral. O conhecimento da construção do número pela criança é de fundamental utilidade àqueles que desejam um ensino eficiente e saudável da Matemática ou aos que desejam melhor fundamentar uma intervenção psicopedagógica no campo do número."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)
"A mesma mobilidade do pensamento que permite entender que a quantidade desenhada vale uma dezena, mas que cada objeto não deixou de ser uma unidade e que, portanto, ali temos dez unidades, permite à criança entender que "sapato" forma uma unidade léxica, mas, mesmo assim, cada letra não deixou de ser uma unidade independente. Letras são unidades contidas nas sílabas que, por sua vez, são unidades contidas nas palavras, que são unidades contidas nas frases...; assim como as unidades, dezenas, centenas..."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)
Não há ensino programado possível que permita avançar no alcance de noções como a conservação (imprescindível para trabalhar com o número), mas são realmente importantes as diferentes possibilidades que o sujeito tenha de experimentar com o meio, já que na medida em que careça delas, terá retardamentos no desenvolvimento e na inteligência.
Em síntese, as estruturas não podem confundir-se com a aprendizagem, da qual são uma condição necessária. (FERNÁNDEZ, 1990, p. 73)
O professor Samuel disse que a criança precisa pensar logicamente e que o material concreto pode ser deixado de lado, o aluno deve abstrair.
Bem depois disso, acho que já não sei mais o que pensar, visto que até hoje todos os cursos que fiz falavam da utilização e da importância do uso do material concreto.
Entendo que o concreto não precisa ser necessariamente objetos que podemos pegar com a mão, podem ser objetos que consigamos lembrar, visualizar. A criança precisa saber o que é para poder imaginar, como num problema se estiver escrito que: Um edifício tem 5 andares e em cada andar 4 apartamentos ..... , se a criança nunca esteve em um edifício não saberá do que se trata o problema.
Particularmente eu questionei o professor Samuel sobre a dificuldade da subtração, ele junto com o grupo chegou a conclusão que o problema não é o subtrair, mas sim o valor posicional dos numerais, ele comentou que o aluno precisa entender, construir a sua aprendizagem , entendendo que num cálculo os numerais valem valores diferentes, conforme a posição que estão e que não pode ficar dependente dos risquinhos, dedos, palitos para resolver cálculos.
Este meu conflito veio de encontro ao meu Plano de Estudos visto que precisarei cada vez mais transformar o que sei, procurar entender os diferentes pensamentos e falas que me são passadas, investigar realmente , enfim pesquisar , re-construir o meu conhecimento.
Já comecei este estudo refletindo sobre:
[...] Se escolhe uma situação, se faz um recorte, se transmite conhecimento e também ignorância. Além do mais, não se transmite, em verdade, conhecimento, mas sinais desse conhecimento para que o sujeito possa, transformando-os, reproduzi-lo. O conhecimento é do outro, porque o outro o possui... (FERNÁNDEZ, 1990, p. 52)
"A epistemologia genética de Jean Piaget lançou as bases dos estudos acerca da natureza e psicogênese do número. Outros, depois, apoiados em suas idéias, experimentaram e aprofundaram os estudos no sentido de melhor estabelecer as variantes que interferem nessa construção. O número traz em si dois aspectos complementares: o lingüístico e o estrutural. Nas interações sociais se aprendem os aspectos culturais do número concomitantemente à construção e evolução das estruturas psicológicas que possibilitam a construção da noção de número. A lógica matemática será fundamental no desencadeamento de outras aprendizagens (a da escrita, por exemplo) e seu desenvolvimento se dá paralelamente ao do juízo moral. O conhecimento da construção do número pela criança é de fundamental utilidade àqueles que desejam um ensino eficiente e saudável da Matemática ou aos que desejam melhor fundamentar uma intervenção psicopedagógica no campo do número."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)
"A mesma mobilidade do pensamento que permite entender que a quantidade desenhada vale uma dezena, mas que cada objeto não deixou de ser uma unidade e que, portanto, ali temos dez unidades, permite à criança entender que "sapato" forma uma unidade léxica, mas, mesmo assim, cada letra não deixou de ser uma unidade independente. Letras são unidades contidas nas sílabas que, por sua vez, são unidades contidas nas palavras, que são unidades contidas nas frases...; assim como as unidades, dezenas, centenas..."(http://www.educacional.com.br/articulistas/artigo0012.asp)
Não há ensino programado possível que permita avançar no alcance de noções como a conservação (imprescindível para trabalhar com o número), mas são realmente importantes as diferentes possibilidades que o sujeito tenha de experimentar com o meio, já que na medida em que careça delas, terá retardamentos no desenvolvimento e na inteligência.
Em síntese, as estruturas não podem confundir-se com a aprendizagem, da qual são uma condição necessária. (FERNÁNDEZ, 1990, p. 73)
4 comentários:
Prezada Marta,
as suas postagens estão excelentes! Você está fazendo do blog do portfólio um rico instrumento de reflexões, a começar pela sua postagem sobre a interdisciplinariedade feita lá em março. Depois você mostra as suas reflexões sobre Piaget, muito bem comentadas pela Maximira. O texto intitulado “Observar” é muito oportuno e você relaciona teoria com a prática, o que não é uma habilidade tão fácil de ser desenvolvida. É só para não me alongar, a postagem atual sobre o ensino de matemática é um exemplo do que deve ser as reflexões sobre a aprendizagem. Você mostra a “dissonância cognitiva” ocorrida durante a aula, ou seja, o conhecimento adquirido é posto em dúvida – um passo necessário em qualquer transformação do conhecimento -, mas você mostra autonomia e senso crítico ao questionar o novo conhecimento. E, por fim, você indica alguns textos que usará em suas próximas reflexões. Continue seguindo nesse caminho!
Leonardo.
É Marta, o Leonardo falou tudo!
Quero apenas te dizer que sim, a tua dúvida procede.. mas veja bem.. o prof. Samuel considera este momento na aprendizagem! O que ele deve ter tentado dizer/comunicar é que não ficamos nessa fase para sempre... conforme vamos construindo estruturas e/ou esquemas cognitivos.. novas abstrações ocorrem e assim sucessivamente.. até chegarmos às operações logico-matematicas, que por sua vez, nos permitirão outros alargamentos e abstrações! Entende?
Abraços e Parabéns pelo nível e aprofundamento deste teu registro Marta! Estamos todos muito satisfeitos com a tua caminhada!
[ ] ´s Maximira
Obrigado por Blog intiresny
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