Trabalho no Laboratório de Informática e tenho o previlégio de estar em contato com as Tics mesmo não tendo internet, os alunos podem mexer nos computadores utilizando-os para desenvolver atividades diferenciadas, diferentes arquiteturas pedagógicas, onde fogem da rotina de sala de aula. Mas até no Laboratório é preciso ter uma aula preparada e direcionada, porque senão a aula se perde, e os alunos não sabem o que fazer, vira uma bagunça. Daí a importância, do planejamento, dos objetivos, da metodologia, do comprometimento do professor, da importância de ser um professor mediador e pesquisador .
29 de nov. de 2009
9 de nov. de 2009
SAÍDA DE CAMPO - EJA
Os alunos da EJA trazem consigo uma história de conhecimentos acumulados, assim como reflexões sobre o mundo e as pessoas, conhecer suas características e necessidades é o primeiro passo para o educador obter sucesso.
No segundo semestre de 2009 entrevistamos alunos da EJA , objetivamdo conhecê-los em suas características sócio-demográfica, sócio-cultural e sócio-cognitiva. O que justifica esta proposta é a escassez de registros históricos sobre a Educação de Jovens e Adultos na região da grande Porto Alegre e pela falta de dados que caracterizem melhor as pessoas que frequentam a EJA.
Como educadoras, acreditamos na importância de reconhecer as especificidades desta modalidade que têm em seu público sujeitos com muitas vivências constituindo assim crenças, valores e hábitos de grande valia para a construção do processo ensino e aprendizagem. Trazem marcas da exclusão pela qual passaram, pois como afirma Kohl, 1999 “O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos, especialmente porque nos movemos, aqui, no contexto da escolarização,é sua condição de excluídos da escola regular.” Ao abordarmos essa perspectiva articulamos práticas educativas significativas.
Citando Freire (1991), Correa (2003) coloca é preciso um despojamento das verdades prontas, das certezas e dos preconceitos, estar atento e ouvir as falas e sentidos dos jovens e adultos. Mais do que permitir ao aluno dizer o significado deve-se de fato incorporar esses significados ao ato de ensinar" (p.13).
Os alunos da EJA têm como característica serem sujeitos com falta de escolaridade anterior e com um modo de vida de seu grupo de origem, que compartilham a baixa escolarização, um contexto de pobreza e dentro de um determinado grupo cultural, apresenta diferentes níveis de competências e dificuldades, que nos mostra uma grande heterogeneidade. Para Oliveira (1995) algumas características do funcionamento cognitivo associadas aos jovens e adultos:
[...] tais como pensamento referido ao contexto da experiência pessoal imediata, dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldade de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva, bem como pouca utilização de procedimentos metacognitivos. Apud de OLIVEIRA (1999, p.72)
Trabalhar com EJA é tarefa desafiadora ,mas sendo a escola um local de confronto de culturas e local de encontro de singularidades oportuniza o aluno a ser sujeito do seu próprio pensar, e, portando principal autor e ator de sua própria aprendizagem.
Os educadores e educandos são sujeitos portadores e produtores de cultura, de saberes, são sujeitos coletivos, ou seja, pertencem aos mais diferentes grupos, concomitantemente, seja de classe, de raça e etnia, religião, gênero, partidos políticos, etc. Reconhecer isto é um grande passo em direção a uma mudança que acreditamos necessária: transformar a escolarização em educação, quer dizer, vincular o ensino a processos sociais mais amplos do que os conteúdos programáticos, fugindo assim do ensino tecnicista, que dê condições de autonomia para o exercício da Cidadania e da qualificação profissional.
Desta forma, podemos dizer que a EJA, enquanto Educação Popular, constitui-se:
· num processo permanente de refletir a militância em busca de objetivos próprios;
· numa prática educativa como prática política;
· numa práxis onde conteúdo é conscientização; numa ação em que o sujeito está em busca da leitura do mundo e não só da palavra
No segundo semestre de 2009 entrevistamos alunos da EJA , objetivamdo conhecê-los em suas características sócio-demográfica, sócio-cultural e sócio-cognitiva. O que justifica esta proposta é a escassez de registros históricos sobre a Educação de Jovens e Adultos na região da grande Porto Alegre e pela falta de dados que caracterizem melhor as pessoas que frequentam a EJA.
Como educadoras, acreditamos na importância de reconhecer as especificidades desta modalidade que têm em seu público sujeitos com muitas vivências constituindo assim crenças, valores e hábitos de grande valia para a construção do processo ensino e aprendizagem. Trazem marcas da exclusão pela qual passaram, pois como afirma Kohl, 1999 “O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos, especialmente porque nos movemos, aqui, no contexto da escolarização,é sua condição de excluídos da escola regular.” Ao abordarmos essa perspectiva articulamos práticas educativas significativas.
Citando Freire (1991), Correa (2003) coloca é preciso um despojamento das verdades prontas, das certezas e dos preconceitos, estar atento e ouvir as falas e sentidos dos jovens e adultos. Mais do que permitir ao aluno dizer o significado deve-se de fato incorporar esses significados ao ato de ensinar" (p.13).
Os alunos da EJA têm como característica serem sujeitos com falta de escolaridade anterior e com um modo de vida de seu grupo de origem, que compartilham a baixa escolarização, um contexto de pobreza e dentro de um determinado grupo cultural, apresenta diferentes níveis de competências e dificuldades, que nos mostra uma grande heterogeneidade. Para Oliveira (1995) algumas características do funcionamento cognitivo associadas aos jovens e adultos:
[...] tais como pensamento referido ao contexto da experiência pessoal imediata, dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldade de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva, bem como pouca utilização de procedimentos metacognitivos. Apud de OLIVEIRA (1999, p.72)
Trabalhar com EJA é tarefa desafiadora ,mas sendo a escola um local de confronto de culturas e local de encontro de singularidades oportuniza o aluno a ser sujeito do seu próprio pensar, e, portando principal autor e ator de sua própria aprendizagem.
Os educadores e educandos são sujeitos portadores e produtores de cultura, de saberes, são sujeitos coletivos, ou seja, pertencem aos mais diferentes grupos, concomitantemente, seja de classe, de raça e etnia, religião, gênero, partidos políticos, etc. Reconhecer isto é um grande passo em direção a uma mudança que acreditamos necessária: transformar a escolarização em educação, quer dizer, vincular o ensino a processos sociais mais amplos do que os conteúdos programáticos, fugindo assim do ensino tecnicista, que dê condições de autonomia para o exercício da Cidadania e da qualificação profissional.
Desta forma, podemos dizer que a EJA, enquanto Educação Popular, constitui-se:
· num processo permanente de refletir a militância em busca de objetivos próprios;
· numa prática educativa como prática política;
· numa práxis onde conteúdo é conscientização; numa ação em que o sujeito está em busca da leitura do mundo e não só da palavra
Marcadores:
EJA
Assinar:
Postagens (Atom)